A Amiga
Toda a gente sabe que
ter amigos é das melhores coisas deste mundo.
Não sei se todos têm
algum amigo ou amiga especial. Eu tenho. Uma amiga. E tenho sorte, porque é
daquelas pessoas únicas para as quais este mundo de defeitos não foi feito. Sabem
porquê? É sempre sincera neste mundo de hipocrisia e eu acho que os maus não
merecem a nossa sinceridade. Pensa muito bem antes de pensar mal de alguém. Ela
prefere não acreditar nos defeitos, desculpando quem os possui. Tem valores extraordinários
e por isso é valiosa. Parece alheia, mas é muito atenta, perspicaz e analítica.
Eu sei que não tenho o
direito de a desvendar assim, mas como ela acha que não é nada assim como eu
digo, então eu posso dizer, porque é como se não estivesse a falar dela.
Um dia, quando ainda
não nos conhecíamos bem, eu estava tristíssima e, para não ser vista por
ninguém, refugiei-me no carro. Casualmente, ela estacionou ao meu lado e viu as
minhas lágrimas. Acenei-lhe discretamente. Penso que o meu gesto falou, porque
ela percebeu que eu queria estar sozinha e retirou-se respeitosamente. Mais tarde,
no local de trabalho, veio ter comigo e estendeu-me um chocolate quente. Sem perguntas
nem comentários, atitude inédita em locais de trabalho, num mundo facebokiano,
de reality shows e casas de segredos, em que toda a gente quer bisbilhotar a
vida de toda a gente.
Decidi selar a nossa amizade
a partir desse instante.
Os meus amigos têm de
ser assim, com um brilho aconchegante, como o sol nos dias de inverno.
Esta é dessas. Anda por
aqui nesta casa chamada blogosfera. Tem duas gatas e um gatarrão. A casa dela é
um museu. No seu blogue cultivo-me e na sua presença sinto-me feliz. Desculpa,
Ana, por este texto pequeno não conseguir ilustrar o tamanho enorme do que és e
do quanto representas para mim. És tudo isto e muito mais!
GA
A Ana e eu