Caminhos

Caminhos
Porque não pode haver outra forma senão a de existir tal como somos...

domingo, 7 de agosto de 2016



esgota-se o tempo
pelos beirais das casas
a albergar ternuras insuspeitas
chega a manhã
e despes as asas
pesam-te os ombros
cansados dos incontáveis sonhos
náufragos nas mãos da noite
espraias-te por lugares
habitados de vazio
refugiado em cada amanhecer
tens lágrimas nas mãos
e brilho nos olhos
de inventar paraísos
pesam-te os dias
numa estrada longa
em que não encontras o sentido
cais
não és frágil
és só um deus
a tentar não ser

GA