embarco
novamente nas trincheiras da guerra
de tantos sorrisos beligerantes
de armas em punho
o sol habitado de medo
esbate-se por entre o fumo dos
bombardeamentos
minando monstruosamente
a inútil cautela das tropas
as ofensivas militares
provocam frio no estômago
rebentam por toda a parte
granadas de violência e ódio
os brados precipitam-se nas nuvens
e desmoronam-se contra o chão
a vida presa por um fio
sem tréguas nem oásis
a luta diária é um arco-íris
uma miragem
a baloiçar entre o céu e a terra