25 de Abril
Passados 49 anos do dia que nos trouxe a ansiada
Liberdade, atravessamos um tempo estranho!
É inegável que temos de pensar antes de abrir a boca,
sobretudo para não magoar os outros, mas parece-me que neste tempo corrente,
inconstante, instável e frágil somos agora obrigados a pensar muito mais que
antes. As sensibilidades estão ao rubro e quase tudo é assumido como um ataque
às liberdades individuais. Há, por um lado, a liberdade de acusar, sem
critério, tudo o que se quer e, por outro lado, a liberdade de expressão
condicionada e ao serviço de más interpretações. E os cravos lentamente vão
ficando arroxeados! De repente, temos de nos acautelar para falar, para olhar,
até para ouvir!
Comemoramos a incontestável liberdade política que
conhecemos, admiramos e aplaudimos e que nos deu um sem número de direitos, mas
não poderemos jamais esquecer-nos, em primeiro lugar, dos nossos deveres.
Onde acaba a minha liberdade e começa a do outro? Perdemos
a capacidade de separar o trigo do joio? Não estaremos, de certo modo, a perder
a liberdade? E o bom senso, em que campo de Abril se perdeu?
Houve um tempo de libertação, em que parecia que tínhamos o tempo na mão. Mera ilusão, apesar de muita gente ousar dar a mão. E, a pouco e pouco, tudo foi caindo no chão.
ResponderEliminarO que falhou? Por norma culpam-se os políticos, são quem se põe mais a jeito, mas o fundo, se observarmos bem, fomos nós que, iludidos pela sensação de poder ter, antes de saber ser, não soubemos escrutinar, não soubemos exercer o direito de cidadania. E, como se diz na gíria, fomos comidos de cebolada.
O seu post é muito bom, Graça.
Deixe-me deixar-lhe um abraço que se pretende cúmplice
Muito obrigado!
EliminarO texto acabou por sair no jornal Público :))
Não escrevi mais, porque havia limite de palavras para publicar.
Escrever é bom e faz-nos bem.
A falta de leitura nos dias de hoje, também venda, em parte, os olhos à plebe!
Beijinhos
Olá Graça, minha Amiga. Li o seu texto e estou de acordo com tudo o que escreveu. Sinto da mesma maneira. Mas tenho esperança que consigamos que os cravos não murchem, já que representam a nossa liberdade, aquela que tivemos naquele "dia inicial, inteiro e limpo" como lhe chamou a Sophia.
ResponderEliminarTudo de bom para si.
Um beijo.
Sim, espero que não murchem!
EliminarA responsabilidade pertence a todos nós!
Obrigada, beijinhos!
Se me permite , subscrevo o seu texto e levo o poema para publicar .
ResponderEliminarAbraço e VIVA A LIBERDADE!
Muito obrigada!
EliminarUm beijinho grande e viva Abril, sempre com maiúscula!
Concordo com o seu texto.
ResponderEliminarHoje em dia estamos a perder uma certa liberdade de expressão por causa do politicamente correcto.
Enfim, um mundo perfeito ainda demora a chegar!
Já fui mais optimista.
Beijinhos e um bom fim-de-semana:))
Também já fui mais otimista!
EliminarBeijinhos e obrigada pela visita!