Lugares Sagrados
“Lugares Sagrados”, um filme que vale a
pena ver. A personagem principal é um cardiologista que abandona a sua vida nos
EUA, deixando mulher e dois filhos, para a trocar por outra, sozinho, em
Israel, como criador de porcos. Para além de criar porcos, que resultarão em
presunto e afins, este maravilhoso personagem tem um porco de estimação, o
Judas, que lhe desfaz a casa.
A situação de ser criador de porcos causa-lhe
alguns desentendimentos com o seu vizinho rabino do qual mais tarde se torna
amigo. O mesmo não acontece com um padre louco católico que o hostiliza,
acabando por lhe matar o seu porco doméstico e reclamando aquele propriedade, onde habita o nosso criador de porcos, como território de Jesus.
Chegados à época pascal, é caso para
refletirmos nas diferentes culturas religiosas (e outras culturas) que povoam o
mundo.
Ontem foi Domingo de Páscoa que passei
na aldeia familiar onde ainda há o hábito de “beijar a cruz”. Ao almoço comi
uma bela chanfana, porque o meu primo não quis sacrificar os seus cabritinhos,
o Francisco e o Tobias.
Assim, temos os que só comem determinado
tipo de carnes, os que comem alguns animais e veneram outros, os que têm porcos
ou cabritos domésticos e também os que defendem a todo o custo a vida animal…uma
infinidade de variações ao serviço de diferentes culturas e formas de pensar.
Não podendo ou não devendo nós destruir
as culturas existentes, não deverá ser a tolerância, nesta e noutras situações,
a palavra de ordem?
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Francisco e Tobias e a mãe atenta |
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Francisco, Tobias, a mãe, o pai e a tia ovelha |
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Francisco e Tobias, livres e felizes no prado |