Há quem defenda que os homens são melhores amigos que as mulheres. No meu caso, os meus melhores amigos são mulheres. Poucas, mas boas, como o milho e como o Vinho do Porto. Como diz a minha amiga Ana Sampaio, psicóloga, nós, as mulheres, suicidamo-nos menos,
porque contamos tudo umas às outras. As minhas amigas são assim, suicidam-se a
conversar comigo e eu com elas até à exaustão dos nervos e da raiva e depois
renascemos outra vez, limpas e fiéis, entre sorrisos e gargalhadas profundas,
por isso escrevo isto em sua homenagem.
Caminhos

Porque não pode haver outra forma senão a de existir tal como somos...
segunda-feira, 30 de novembro de 2015
domingo, 29 de novembro de 2015
às vezes os Domingos são metáforas cinzentas
e sobrevém o nada e o vazio das vozes
com a distância cada vez mais curta entre os amantes
e a faiscar como trovoada seca
no meio da noite fria
que pulsa dentro das veias [...]
ainda que haja brados que te pesem
e se agigantem dentro de ti
e as paisagens interiores se desumanizem
e desfigurem
oculta ainda que
nunca desvendes uma parte do teu mistério
porque dentro dele está o encanto perpétuo
para que o silêncio não seja maior que o silêncio
e não fira os ouvidos nem canse os olhos
como um deserto incolor
e sobrevém o nada e o vazio das vozes
com a distância cada vez mais curta entre os amantes
e a faiscar como trovoada seca
no meio da noite fria
que pulsa dentro das veias [...]
ainda que haja brados que te pesem
e se agigantem dentro de ti
e as paisagens interiores se desumanizem
e desfigurem
oculta ainda que
nunca desvendes uma parte do teu mistério
porque dentro dele está o encanto perpétuo
para que o silêncio não seja maior que o silêncio
e não fira os ouvidos nem canse os olhos
como um deserto incolor
Graça Alves
sábado, 28 de novembro de 2015
eu sei que tu existes
embora vivas oculto
nas correntes macias e confortáveis
do veludo diário das manhãs
que te vestem
eu sei que tu existes
porque vejo o teu olhar livre como o vento
a devorar horizontes de luz
e a transportar paraísos platónicos
que colheste nos sonhos da noite
brincas às escondidas
fora de ti mas eu vejo-te
porque não sou lúcida
e a minha demência
vê para além dos meus olhos
quando deixares de te esconder
no silêncio da tua voz
renascerás
e verás de novo reinventar-se
o dia da primavera eterna
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