Caminhos

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Porque não pode haver outra forma senão a de existir tal como somos...

domingo, 29 de novembro de 2015














às vezes os Domingos são metáforas cinzentas
e sobrevém o nada e o vazio das vozes
com a distância cada vez mais curta entre os amantes
e a faiscar como trovoada seca
no meio da noite fria
que pulsa dentro das veias [...]
ainda que haja brados que te pesem
e se agigantem dentro de ti
e as paisagens interiores se desumanizem
e desfigurem
oculta ainda que
nunca desvendes uma parte do teu mistério
porque dentro dele está o encanto perpétuo
para que o silêncio não seja maior que o silêncio
e não fira os ouvidos nem canse os olhos
como um deserto incolor


Graça Alves

9 comentários:

  1. Lindíssimo.
    A fotografia do blogue é muito bonita. É a Cúria não é?
    O poema liga bem com o arranjo floral. Gosto de amarelo, símbolo de luz.
    Parabéns e felicidades para este projecto. Não ligo ao acordo ortográfico.
    Beijinhos.:))

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  2. Olá, Ana! Sempre gentil e amiga! Obrigada :)
    Sim, é a Cúria!
    Beijinhos

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  3. Gosto muito da sua forma de se expressar/sentir, Graça.
    O poema é muito belo.

    Um bom domingo, sem cinzentas metáforas :)

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    1. Bem-haja, AC! Obrigado!
      Sim, este domingo foi muito brilhante!
      Boa semana

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  4. Cheguei aqui através do blogue da Ana.
    Percebi que é um começo e desejo as maiores felicidades.
    Achei muito bonito, este princípio:)

    Boa semana:)

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    1. Olá, Isabel!
      Muito obrigada pela sua simpatia.
      Bem-haja!
      Boa semana!

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    2. Olá, Isabel!
      Muito obrigada pela sua simpatia.
      Bem-haja!
      Boa semana!

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  5. Tens dias que assim é:
    os silêncios (de ouro)
    abafam o ribombar
    em versos livres
    de poesia. Acontece.

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  6. Sim, é certo! E depois da tempestade...a bonança...

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