Caminhos

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Porque não pode haver outra forma senão a de existir tal como somos...

quinta-feira, 7 de julho de 2016


há em mim um inimigo
por nascer
e em ti uma arma por içar
há flechas doces a sair dos meus olhos
alvoradas indistintas no teu sorriso
e paisagens feéricas no calor da tua voz
temos armas embainhadas por dentro do sangue
e flores irreais à superfície da pele
por entre estes beijos ousados
falta saber quem somos

GA




















Edição 2016 das Pastinhas da Casa de Infância Dr. Elysio de Moura, onde se incluem alguns dos meus poemas inéditos.
A foto de Coimbra foi tirada hoje de manhã da varanda da Casa da Infância de onde se vê a outra margem de Coimbra, uma vista soberba!



Apontamento histórico:

(texto retirado do site da Universidade de Coimbra, Notícias UC)

"A Venda das Pastas é uma tradição com mais de 70 anos que acontece sempre durante a Queima das Fitas, com o objetivo de ajudar a Casa de Infância Doutor Elysio de Moura. Ao longo do ano, as crianças da Casa de Infância preparam réplicas em miniatura das pastas dos estudantes. Reproduzidas com as cores das faculdades da Universidade de Coimbra, as “pastinhas” guardam poesia.

O uso da pasta surge no seguimento de uma outra tradição. Quem o afirma é o presidente da Casa de Infância Doutor Elysio de Moura. Manuel Ferro conta que “a Queima das Fitas vai entroncar na tradição da queima da sebenta há cento e tal ano atrás”. A sebenta, que era queimada no final do curso, era muitas vezes guardada “em pastas atadas com fitas”, conta o responsável. “É daí que surgem as fitas das pastas de hoje”, revela. Ao longo do tempo, as fitas tornaram-se um “símbolo da vida académica” e, de acordo com Manuel Ferro, “a questão de se escolher a pastinha foi precisamente por causa do valor simbólico que a pasta tem para a vida académica”.

A iniciativa é, atualmente, uma forma de angariar verbas, que vão direcionadas para as salas de lazer da Casa de Infância Doutor Elysio de Moura".

Reportagem realizada por Ana Zayara, estudante de Jornalismo na FLUC, e Rosana Vaz, estagiária Projeto Imagem, Media e Comunicação da Universidade de Coimbra.

35 comentários:

  1. Um poema de amor muito original, que nos fala de doces
    armas letais...
    Gostei sobremaneira da foto, das amorosas pastinhas
    e do espírito delicado e benemérito do 'post'.
    Dias muito agradáveis e felizes, Graça.
    Beijinho.
    ~~~~

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    1. Sim, é um poema de amor!...
      Pensei que não se notasse :))
      Obrigada!
      beijinhos

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  2. Lindo seu poema, parabéns por todo o seu sucesso que ele se multiplique.
    beijinhos, Léah

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  3. Muito bonito, Graça.
    A fotografia também mostra uma parte da cidade que se vê menos.
    Parabéns.
    Beijinho. :))

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  4. Muito interessante! Desconhecia o que conta.

    Gostei do poema e achei as pastinhas muito bonitas.~
    E é uma iniciativa de louvar.

    Beijinhos e um bom fim-de-semana:)

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    1. Obrigada, Isabel, as pastinhas já vão na sua 75ª edição!
      beijinhos e bom fim de semana

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  5. Um poema muito belo. "por entre estes beijos ousados
    falta saber quem somos". Excelente, Graça.
    Gostei de saber sobre as Pastinhas da Casa de Infância que desconhecia.
    Uma boa semana. Um beijo.

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  6. Adorei as "flechas doces a sair dos meus olhos", num poema que todo ele é excelente.
    Parabéns, minha querida amiga, talento poético não te falta.
    Graça, tem uma boa semana.
    Beijo.

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  7. Projecto lindo este das pastas! Grande coração o teu tal como o teu talento.
    Poema de amor lindíssimo como o amor!
    Beijinhos e parabéns pela iniciativa.

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  8. Um belo poema de amor feroz, espero que essa luta tenha um final feliz.Já que é muito feliz essa iniciativa que desconhecia.
    Um beijinho

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    1. Olá, Fê!
      Acho que é a luta de todos nós...conhecer-nos-emos realmente? Esta é a grande dúvida!
      Obrigada, beijinhos :)

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    2. Até Setembro Graça!

      Fica bem!

      Beijinho

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  9. Oi Poetisa, Graça Alves !
    A beleza é abundante, e se repete
    em cada frase da tua poesia, e em
    cada olhar da linda ilustração.
    Parabéns, com um carinhoso abraço,
    aqui do Brasil !
    Sinval.

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  10. Gostei do poema e também de saber de onde vem a tradição da Queima das Fitas.


    Bom fim de semana :)

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  11. Gostei de saber das "pastinhas", da vertente solidária.
    Quanto ao poema, ele parece despertar, na poetisa, doces e apaziguadores anseios quando no olhar duma criança.
    Sempre bem, Graça.

    Um beijinho :)

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  12. Boa noite querida Graça!
    Por trás de muitos afagos estão segredos não revelados das almas solitárias e pensativas....
    Bjm muito fraterno

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  13. grato pela tua presença no meu blog.
    vou adicionar à minha lista de blogs,

    se me permites.

    beijo

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  14. Afinal, quem diria? Li tudo.
    Fitas e fitas aqui.Fitas que guardam solidária tradição, que atam segredos e paixões, de ontem e de hoje. Fitas transmutadas em versos de ímpeto amoroso, espontâneo, fitas de promessas contidas para que a chama do amor não esmoreça.
    Poderia ficar, eu, a discorrer sobre este tema
    que encerra uma simbologia enorme, mas vou-me embora, antes que leve um banho da varanda de cima. Fitas e pastinhas com um lindo poema, Graça! Parabéns.

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    1. Olá, Agostinho!
      Com este calor diga lá que não lhe sabia bem um belo banho vindo de uma varanda :)
      É sempre um prazer enorme lê-lo!
      Obrigado
      beijinho

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  15. muito obrigado pelo "esplendor" de teu comentário.
    gostei muito. beijo

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