esgota-se o tempo
pelos beirais das casas
a albergar ternuras insuspeitas
chega a manhã
e despes as asas
pesam-te os ombros
cansados dos incontáveis sonhos
náufragos nas mãos da noite
espraias-te por lugares
habitados de vazio
refugiado em cada amanhecer
tens lágrimas nas mãos
e brilho nos olhos
de inventar paraísos
pesam-te os dias
numa estrada longa
em que não encontras o sentido
cais
não és frágil
és só um deus
a tentar não ser
GA
Muito, muito belo!
ResponderEliminarA vida é mesmo assim...
Um poema muito perspicaz e sentido.
~~~ Beijinho, Graça ~~~
~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Grata, Majo!
EliminarBeijinho
Ter lágrimas nas mãos e brilho nos olhos. À altura das estrelas faz-se o poema antes que o tempo se esgote por dentro do silêncio.
ResponderEliminarUm poema muito belo, Graça.
Beijos.
Comentário poético por resposta!
EliminarObrigada, Graça!
beijinhos
Mãos nas mãos
ResponderEliminaras flores
Grata!
Eliminarbeijinho
Olá, Graça.
ResponderEliminarUm excelente poema para guardar. Debaixo do travesseiro.
Esgota-se o tempo?
- Esgota.
No emaranhado dos ramos,
o tempo pára, e os sentimentos e as asas
rompem-se...
- Desilusão.
Só o brilho molhado,
mãos nas mãos,
é partida e chegada.
Bj.
Que bonito...como sempre!
EliminarBeijinho grato
Tarefa pesada, realmente, a de se ser divino...
ResponderEliminarBom fim de semana alargado :)
Muito pesada, sim :))
Eliminarbeijinho
Gostei imenso do poema e da foto que o completa muito bem. É sua, a foto?
ResponderEliminarBeijinhos e um bom feriado:)
Olá, Isabel!
EliminarComo vê, também me atraso nas respostas!
Sim, a foto é minha, Coimbra, 7.30 AM, à espera das colegas da boleia. A árvore estava carregada de pardais, assustaram-se com o meu carro, só ficou um que mal se vê :))
Obrigada por ter gostado!
beijinhos
Conheço muito bem esse ritmo: espera por colegas para iniciarmos um longo dia de trabalho. Mas quando as viagens eram grandes (cerca de 80Km - 160/170 por dia) um bom e divertido grupo de viagens (como eu tive) ajudava muito! Sou velhinha, e agora já estacionei aqui na cidade - ao fim de muitos anos e de muitos quilómetros de estrada.
EliminarUm beijinho e um bom ano de viagens e de trabalho.
PS:o pássaro vê-se perfeitamente! :)
EliminarLindo poema, metáforas maravilhosas, amei, amei e amei.
ResponderEliminarQuerida Poeta parabéns por tanta beleza.
beijinhos, Léah
Obrigada, Léah :)
Eliminarbeijinho
belíssima urdidura de palavras. como se fora cambraia
ResponderEliminarvibração delicada e tão frágil que encanta.
beijo
Muito obrigado, Manuel!
EliminarSerei talvez demasiado óbvia na escrita...
beijinhos
Quando os sonhos e os dias pesam...
ResponderEliminarLindo, Graça.
bj amg
E se pesam, Carmem :(
Eliminarbeijinho amigo!
Obrigada pelo carinho!
Um excelente poema.
ResponderEliminarCom um final magistral.
Parabéns, querida amiga.
Graça, tem um bom resto de semana.
Beijo.
Obrigado, Jaime!
EliminarUm beijinho
Oi, Graça Alves !
ResponderEliminar"... não és frágil
és só um deus
a tentar não ser "
Bonito demais !
Parabéns, SINCERAMENTE !
Um carinhoso abraço, aqui
do Brasil.
Sinval.
Muito obrigado :))
EliminarAinda bem que gostou!
beijinhos
A fragilidade, pejada de versatilidade, é aquilo que melhor nos caracteriza...
ResponderEliminarGostei, muito em particular, deste poema. Obrigado, Graça.
Um beijinho :)
Pois é...
EliminarObrigado, querido AC!
Abraço
Bela poesia, parabéns pelo precioso dom.
ResponderEliminarBjos tenha uma ótima semana.
Obrigada, Anajá!
ResponderEliminarBeijinho
Mais um belo e sentido poema de quem "carrega" demasiados sentires.
ResponderEliminarUm beijinho, Graça
Sim, muitos sentires...
Eliminarbeijinhos e obrigada, Fê!