embarco
novamente nas trincheiras da guerra
de tantos sorrisos beligerantes
de armas em punho
o sol habitado de medo
esbate-se por entre o fumo dos
bombardeamentos
minando monstruosamente
a inútil cautela das tropas
as ofensivas militares
provocam frio no estômago
rebentam por toda a parte
granadas de violência e ódio
os brados precipitam-se nas nuvens
e desmoronam-se contra o chão
a vida presa por um fio
sem tréguas nem oásis
a luta diária é um arco-íris
uma miragem
a baloiçar entre o céu e a terra
Graça,
ResponderEliminarA vida é constante escolha, embora, na maior parte das vezes, tenhamos que lidar com os seus escolhos. Apesar de tudo, e porque há aromas de nunca devemos prescindir, deixo-lhe uma flor.
Um beijinho :)
É isso mesmo ;)
EliminarA vida é uma guerra dura da qual nos devemos salvar...venha de lá essa flor.
Obrigado
beijinho
Gostei sobremaneira deste poema!
ResponderEliminarPelo tema, tão oportuno e tão inusitado,
e pela construção esmerada e muito bem conseguida.
Está belíssimo e tocante, Graça; os meus parabéns.
Grande abraço.
~~~~~~~~~
Grata pela sua leitura, Majo.
Eliminarbeijinho
A poeta esgrime metáforas em luta a que não é alheia. Cavam-se na sala diferenças, indiferenças, afrontas... O combate tem hora aprazada e na ausência de cor cresce um arco íris perlado a gotas de medo.
ResponderEliminarBom trabalho para os dias que chegam.
Entre a noite e o dia, terá caído do céu napalm pois que da bandeira, por mim plantada, nem cinza para a amostra.
ResponderEliminarGraça, os meus míopes olhos do entendimento viram, na "tremenda" metáfora, inominada, um espelho que anuncia guerra iminente (começará esta semana, será?) Não há como ir para além do espelho, entrar nas salas onde a luta se trava de "peito feito" e de armas na mão.
Coragem e boa sorte neste novo ano.
A bandeira não era esta, mas quase.
Bj
A bandeira poderá ser essa, sim , querido amigo, mas essa, a das salas, é quase sempre uma bendita guerra santa! A guerra a que me refiro metaforicamente é a vida de combate que todos levamos, de uma maneira ou de outra contra a competição e as máscaras, sejam elas quais forem (os sorrisos beligerantes), do mundo.
EliminarGrande abraço!
Bendita Guerra Santa, Graça!
EliminarPorém, recordo os meus anos parvos, a forma como infernizávamos certos professores.
Bj.
Também tive a minha dose, Agostinho! Fui certinha mas nem sempre :))
Eliminarbjs
Que poema triste e perturbante, Graça. A luta diária de quem vive em guerra deixa-nos o sentimento de impotência perante tanta crueldade...
ResponderEliminarGostei mesmo.
Um beijo, amiga.
Muito triste, sim, Graça!
EliminarObrigada pelo apreço!
beijinho
baloiçar entre o Céu e a Terra é o drama do nosso tempo.
ResponderEliminarainda bem que há poetas como tu que não receiam descer a terra e "sujar as mãos", isto é, tomar partido.
gostei muito
beijo
Estamos cá também para denunciar e a palavra é uma arma, sem pólvora, mas também poderosa!
EliminarGrata
beijinho
Aprender aprender sempre
ResponderEliminaraté à ultima pétala
Bj
Tem de ser!
Eliminarbj
Graça apesar de triste e contundente seu poema é lindo.
ResponderEliminarEstamos sempre em guerra, apesar de esperar a paz com cores de um arco-íris para iluminar a escuridão que pouco a pouco nos abraça.
beijinhos, Léah
Sim, quase sempre estamos...
EliminarObrigada pelo seu comentário.
beijinhos
Desejo que esse balanço penda mais para o céu do que para a terra, mas sei que não é fácil.
ResponderEliminarUm beijinho Graça
Depende dos dias, Fê!
EliminarObrigada
beijinho
Olá Graça,
ResponderEliminar"A luta diária é um arco-íris
uma miragem"
A consciência profunda desta fragilidade nos
possibilita com os pés no chão e o voo do sentir
que transcende neste arco-íris, a própria vida.
Este voo poético das suas palavras revelam a
sensibilidade rara de uma poeta que rege o
significado maior da vida.
Apreciei muito o seu espaço de arte poética
e o tempo de leitura aqui dos seus
belos e profundos poemas.
Abraço de admiração.
Olá, Suzete!
EliminarBem-vinda a este meu espaço!
Agradeço imenso as suas palavras e o seu apreço por este espaço.
Retribuo o abraço
A vida pode ser uma guerra.
ResponderEliminarMas convém não levá-la muito a sério... é passageira e não tem retorno.
Sempre inspirada, excelente.
Graça, tem um bom resto de semana.
Beijo.
Tem razão querido amigo!
Eliminarbeijinho
A eterna luta dos hemisférios, cerebrais e geográficos, em equilíbrio sempre precário. Por vezes, quando a esperança tende a esbater-se, parece ser este o nosso destino: beligerantes até ao fim.
ResponderEliminarGrande poema, Graça.
Um beijinho :)
Sim, AC, sempre beligerantes...
Eliminarbeijinho e obrigado pela vinda!
Sim, AC, sempre beligerantes...
Eliminarbeijinho e obrigado pela vinda!
Gostei do poema e a fotografia está lindíssima! Também é sua?...
ResponderEliminarUm bom domingo:)
Olá, Isabel!
EliminarSim, s fotografia é minha também :))
beijinhos e obrigada
Olá, Isabel!
EliminarSim, s fotografia é minha também :))
beijinhos e obrigada