Mãe
tens
os olhos mansos
das
lutas de uma vida
os
músculos sem força
e
o corpo entorpecido
mas
o teu sorriso é feliz na dor
e há
força na tua esperança inabalável
que
não sei de onde vem
obrigo-me
a engolir a comoção
perante
a tua imensa fragilidade
a
vida pesa
como
um trapo velho
a
humedecer-nos a memória
e o
tempo
que
escasseia para tanto amor
sabe
a solidão
ao
distante das vozes do pai e da avó
aos
risos da minha infância dormente
à
bolacha esmigalhada com pêssego e banana
ao
não sei quê do tanto que me deste
o
meu coração é grande
mas
não tem força para te pegar ao colo
porque
preciso
mãe
que
me embales outra vez
A profunda e indestrutível ligação à mãe, eterna âncora apaziguadora das nossas inseguranças...
ResponderEliminarQuanta ternura, Graça!
Um beijinho :)
Muito bem dito :)
EliminarObrigado, AC, beijinho :)
Este comentário foi removido pelo autor.
EliminarGraça,
ResponderEliminarBom dia.
Vim agradecer a visita e deixar o comentário que não fiz ;)
"o tempo
que escasseia para tanto amor" - o tempo, sempre a mostrar-se presente, até no amor, esse sentimento eterno. E amor pela mãe que nos esmigalhou bolacha não pode ser travado pelo tempo.
bj amg
Olá, Carmem!
EliminarBom dia, eu é que agradeço.
Pois...o tempo é sempre pouco, sempre escasso para o amor!
beijinho
Um poema tão comovente. É a mãe que guarda no olhar os sonhos dos filhos. E a suas mãos têm tanta ternura que toda a vida precisamos delas...
ResponderEliminarBeijos.
Obrigada, Graça!
EliminarTão comovente que choro cada vez que o leio, porque é um retrato fiel da minha realidade do momento.
beijinho :)
(aspas)a vida pesa
ResponderEliminarcomo um trapo velho(aspas)
saturado de lagrimas. E, contudo, uns olhos, apaziguados onde se encontra a paz. Nao e, Graca, pergunto.
Lindissimo poema!
(teclado desconfigurado, fico por aqui)
É, sim, Agostinho, uns olhos calmos e tranquilos de paz, dados pela guerra da vida!
EliminarBem-haja!
Obrigado
As melhoras do teclado :))
beijinho
Tão bonito!
ResponderEliminarOs filhos precisam sempre das mães. Como diz o poema "Fosse eu rei do mundo, baixava uma lei: mãe não morre nunca, mãe ficará sempre junto do seu filho..." (mais ou menos assim...escrevi de cor).
Lindo o seu poema, Graça!
Beijinhos e desejo-lhe uma boa semana:)
Obrigada, Isabel!
EliminarUm grande beijinho para si! :)
É bom , muito bom, poder sentir essa ternura pela sua mãe...
ResponderEliminarAbraços
É sim! Obrigada, São :)
ResponderEliminarbeijinhos
Linda homenagem Graça.
ResponderEliminarUm colo é por vezes uma dádiva tão grande. Dar e ter colo duas possibilidades que nos tornam grandes.
Beijinho especial.
Ando cheia de trabalho, só agora vi este novo poema.
Beijinho.:))
Obrigada, Ana!
EliminarRetribuo o beijinho :)
gostei do poema
ResponderEliminarsou muito sensível a essa ideia de "engolir a emoção"
... e seguir em frente.
abraço
Pois...às vezes lá tem de ser...obrigado!
EliminarBem-haja!
abraço
Comovo-me e partilho desta emoção, tão linda, tão pura.
ResponderEliminarQuando vemos as nossas mães tão frágeis e vergadas ao peso da idade, cada dia é para nós, um despedir.
Um beijinho Graça
Sim, é muito triste...a vida é uma passagem demasiado efémera...
EliminarBeijinho, Fê e obrigada pela vinda
Um excelente poema que termina de uma forma brilhante e comovente.
ResponderEliminarGostava de ter sido eu a escrever este teu magnífico poema, minha querida amiga.
Graça, tem um bom domingo e uma boa semana.
Beijo.
Muito obrigado pela vinda, Jaime e pelo elogio!
EliminarUm beijinho
Elogio inteiramente merecido, porque reli o poema (gostei de o fazer) e mantenho a mesma opinião, é mesmo excelente.
ResponderEliminarQuerida amiga Graça, tem um bom resto de domingo e uma boa semana.
Beijo.
Obrigado, Jaime, bem-haja!
Eliminarbj
Compreendo-a tão bem amiga Graça...
ResponderEliminarUm momento comovente de amor e impotência perante o inevitável.
Um beijinho solidário e muito comovido
Obrigada, Fê!
Eliminarbeijinho
Um abraço solidário muito comovido.
ResponderEliminar~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Obrigada :)
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